31 de mar. de 2008

Não te tenho

Passam-se em minha mente filmes que nunca vi.
nos meus ouvidos ouço a voz dessa pessoa que mal conheço,
e persiste.

Tento ouvir o que me falam,
mas apenas ouço um sussurro,
o doce sussurro de uma pessoa que está tão longe,
distante,
mas presente.

Na minha alma calejada,
de alegrias a tristezas,
sinto o imenso vazio se dissipar,
segurando com entranhas nas paredes do meu ser.

Sinto seu leve e doce toque no meu rosto,
o sabor do carinho e cumplicidade,
de um ser que não existe, apenas na minha mente,
e também na minha alma.

Tua presença é constante,
tuas palavras, persistem.
Me perseguem,
me alcançam.

Tento fugir, mas não consigo.
Penso em escapar, mas não quero.
Quero te ter...
E não tenho.

Te imagino,
te desejo,
mas no fundo,
bem lá no fundo,
não te tenho.

27 de mar. de 2008

Sugiro não tentarem interpretar esses versos, apenas senti-los:



"Não se podem contar as Luas que brilham em seus telhados,

Nem os mil Sóis esplêndidos que se escondem por trás de seus muros."



Retirei esses versos da página 345 do livro A Cidade do Sol do escritor afegão Khaled Hosseini. O título original é A Thousand Splendid Suns.

O livro é fascinante e seria mediocridade minha fazer uma crítica do mesmo. Nem preciso comentar que recomendo a leitura desse livro.

25 de mar. de 2008

O Barqueiro e o Filósofo

Um dia um filósofo precisou atravessar um lago muito grande, tão grande que parecia um mar e pediu a um barqueiro local que o transportasse até o outro vilarejo. O barqueiro, humildemente e sem hesitar, confirmou que iria ajudar o filósofo.

O filósofo estava lendo no decorrer da viagem. Sem olhar para o barqueiro, o mesmo lhe perguntou:

"Você sabe da teoria da relatividade?

"Não sei." Respondeu o barqueiro.

O filósofo continuou lendo e pelo canto do olho, perguntou novamente ao barqueiro:

"Você já ouviu falar de Immanuel Kant?"

"Nunca ouvi falar.." Respondeu o barqueiro, continuando a remar.

Novamente o filósofo lhe fez outra pergunta, fechando o livro e olhando no rosto do barqueiro:

"E a teoria de Copérnico?"

"Também não.." Respondeu novamente o barqueiro, já ficando encabulado.

O filósofo, com semblante de satisfeito, voltou a ler seu livro novamente sem dar atenção ao barqueiro.
Alguns minutos de passaram e ambos estavam no meio do nada, apenas água os cercavam, na metade da viagem. O barqueiro atentou-se para seu barco e num momento de inspiração, perguntou ao filósofo:

"Senhor.. o senhor sabe nadar?"

"Não sei." Respondeu secamente o filósofo.

Com o semblante maleável, sem dar um sorriso e até com um pouco de dó, o barqueiro disse ao filósofo.

"Então o senhor perdeu sua vida no passado e no futuro. Estamos no meio do lago e tem um furo grande no barco. O barco irá afundar."



Esse texto não é de minha autoria, mas o ouvi numa aula de filosofia em 1997.

22 de mar. de 2008

Eu queria chorar...

Eu juro que queria chorar...

Mas as lágrimas não vieram.

20 de mar. de 2008

Insônia

Tá difícil dormir.

Não estou trocando o dia pela noite. Fico madrugando noite adentro me deixando hipnotizar por essa tela e o sono não vem. E detalhe, quando vem, não é pra ficar.

Já li, assisti um programa ruinzinho de comédia na TV, mexi na internet e cá estou, escrevendo. Simplesmente não durmo. Pareço vampiro. A diferença entre eu e o drácula é que eu não seduzo as mulheres.

Muitos dizem que insônia é um problema mais psicológico do que cansaço físico em si. Tanto que alguns gênios dormiam apenas de 4 a 5 horas por dia, como Einstein, Descartes e Freud. Todos eram psicologicamente saudáveis (ok, um tanto quanto estranhos) e o sono era mera natureza para eles.

Será que sou um gênio?

Nem a pau Juvenal. Se eu fosse não estaria escrevendo neste exato momento.

Outros dizem que a insônia é fruto de problemas mal-resolvidos em nossas vidas, o que estou parcialmente de acordo. Mas sinceramente não estou dando a mínima para meus poucos problemas.

Pois é guri.... o que pode ser então? Falta de dor-de-cabeça?

Também não, porquê quando eu tinha dores-de-cabeça das bravas eu dormia mais ainda, pq me cansava de tanta picuinha e tempestades em copo d´agua

Minha cama está ótima e não fica rangendo (a muito tempo, diga-se de passagem) e não durmo torto. Quando durmo, é igual a um anjo (apenas durmo igual a um anjo, deixo bem claro).

Essa insônia.. essa insônia.. O que será?

Sei que algo me falta, algo que me preencha

Coincidência? Não acredito em coincidências.

Acredito em causas e conseqüências.


17 de mar. de 2008

Casablanca

Pois então....

Panela velha é que faz comida boa. E por indicação de panela velha do meu velho, assisti um filme considerado antigo, com um drama pra lá de cativante e uma sensibilidade fora do comum.

Trata-se de Casablanca.

O mesmo foi feito em 1943 e ganhou 3 oscar, sendo um deles de melhor filme. Estrelado por Humphney Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid o filme é um clássico e trata-se de um triângulo amoroso entre Ricky, Ilsa e Laslo vivido na capital marroquina Casablanca de ocupação francesa nos trágicos anos da 2ª guerra mundial (tema que adoro).

O filme é em preto-branco, não possui sangue quando as pessoas são acertadas por tiros de revólver e é nítida a falta de recursos disponíveis na década de 40 para se fazer cenas simples, como um casal andando de carro. Mas é esse o charme do filme e são essas características que fazem o mesmo ser tão especial. Me chamou atenção foi o roteiro do filme, a atuação dos atores (principalmente de Ingrid Bergman) e a direção do mesmo. É quase como se estivéssemos lendo um romance.

Muitos acham que Casablanca é um dos melhores, se não o melhor filme hollywoodiano feito. Não assistir Casablanca é fechar as portas para a História do mundo e do cinema.

Enjoy.

15 de mar. de 2008

Por mais que pareça ilusão fugindo da percepção, as esperanças se reacendem.
Milagres acontecem.

A chama dentro de mim estava apagada.
Recusava-se manifestar.
Inexistia.

Não gritava mais.
Não pedia.
Suplicava.
Suspirava.

Krishna, Mabon, Cupido e Eros ouviram meus suspiros.
E me encaminharam um raio de luz.
Mesmo que ainda esteja fraco e fino.
Mesmo que seja miragem.

Mas a chama reacendeu.
Milagres acontecem.

13 de mar. de 2008

Acordo,

Acordo,

Respiro seu cabelo,
confesso ao seu ouvido,
sinto sua pele,
te abraço....

Cruzo nossas pernas,
enlaço sua cintura,
junto ao meu corpo,
te envolvo...

Acordo...

12 de mar. de 2008

Som do silêncio

Sou o som do silêncio,
o barulho irritante,
a água que escorre,
o sangue constante.

Sou o nervo de aço,
nos olhos o medo,
o amargo na língua,
o doce do beijo.

Sou mar que abraça,
o sol que aquece,
o outono que acalma,
a chuva que desce.

Sou paixão, sou raiva,
sou santo e culpado,
mentir? nunca mais,
Inteligente e tapado.


Sou direto e reto,
simplista talvez,
importa é quem sou,
Som do silêncio... talvez

10 de mar. de 2008

Depois de um longo e tenebroso inverno...

Pois é, o mundo dá voltas.

Como diria a filósofa Galisteu, as vezes em 360 graus.

Anos atrás eu escrevia num blog. Sim, eu não era tiozinho, tinha poucos problemas na vida e era muito mais inspirado. Por complicações virtuais-sentimentais-ciumentas deletei o mesmo. Era começo do milênio e resolvi que muitos dos meus pensamentos ficaraim comigo mesmo. Dane-se o mundo, oras!

Não quero expor minha vida pessoal pra ninguém, mas confesso que muitas idéias merecem serem trocadas e, no mínimo, discutidas.

Apesar do nome do blog o mesmo nada tem haver com bruxaria, misticismo ou religião. O nome foi feito por mera falta de criatividade.

Caso não goste.... azar, vou continuar postando.