1 de mar. de 2011

O começo do fim.

Tudo tem um fim na vida e o Bruxo afirma que até a vida virtual perece deste mal.
Devido ao mesmo, este é o último mês deste blog, que no momento tem sido usado para quase nada. Este mês de Março A Brochura do Bruxo estará fazendo exatos 3 anos mas o mesmo não está sendo devidamente atualizado e/ou utilizado. Não é pra menos, cada vez menos usa-se este blog e por mera falta de cuidado ou total abandono do dono do mesmo. Novos focos e metas vieram, novas situações e pessoas apareceram e o uso do blog acabou beirando a inexistência. Basta olharem para as inúmeras postagens de Fevereiro.
O Bruxo tentará colocar alguns textos e poesias existentes em sua memória e caldeirão (sim, ainda tem alguma coisa inacabada e muita coisa feita!) mas não irá se sentir na obrigação de tal tarefa. Claro, não tem como não agradecer aos poucos milhões de pessoas que colaboraram ou apenas visitaram o blog.
O começo do fim é agora e não há como negar que trata-se de uma evolução, como quase tudo em nossas vidas.
E não há como negar que o ciclo fechou-se.
Abraço a todos.

30 de jan. de 2011

Morena Serena

Bela Morena,
agitada, sorridente.
Calma, serena.
Mesmo discreta,
por onde passas, incendeia.


Sem enredo, sem destino,
surpreendente, com juízo.
A mil estórias pra contar,
deixando sonhos a trabalhar.


Sem teoremas, com teorias,
sinceridade e sem ironias.
Apenas diz o que sente,
longe ou sempre presente.


Tua imagem vem sem querer,
meu coração você envenena.
Morena, sempre serena,
já tentei me desprender.


Tão longe e tão perto,
pertos, hesitantes.
Figura sensual, vislumbrante,
meu íntimo era um deserto.


Meus olhos são pra ti, Morena.
Meu pensamento já não mais ordena.
Sempre envolvente, do seu jeito,
bela e serena.

17 de jan. de 2011

D´(EU)S

Depois de gastar os restos de energia que ainda restavam neste corpo com desejo de inércia, vi este escrito em um dos posters de campanha pela arte no Parque da Aclimação.

A slogan era: "Até que a Arte nos salve".

De fato o slogan faz todo sentido no cotidiano atual, tão mergulhado no consumismo frenético.

Francamente, não parei como deveria para ver os aproximados cinco posters que constavam na grama do parque, mas não teve como esta palavra não chamar atenção das pessoas, ou, pelo menos, deste mortal-bruxo que ainda vê um filete de brilho na caverna escura da alma.

E fez relembrar nas primeiras conversas que teve com amigos próximos e distantes no começo deste ano. Quase todos fizeram promessas a si mesmos e juras de que alguma atividade recomeçaria pra valer e/ou algum vício ou mania terminaria na semana que vem, tentando agradar a si mesmos sempre afirmando ao próximo para tentar se autoconvencer, beirando ao ridículo a falta de sinceridade própria ou o mínimo de autoconfiança.

E sempre, sem exceção, as promessas eram feitas para o EU mesmo e este Bruxo não ouviu, em hipótese alguma, promessas de pessoas em fazer algo para "ele" ou "ela", nem pra Ele mesmo.

Todo começo de ano apenas o EU é importante implorando algo para Ele, praticamente dando vazão a uma nova religião crendo num sistema de vida autosuficiente em se tratando do mundo externo e um buraco-negro espiritual em se tratando do do EU interno.

Até que a Arte nos salve, ou a reza, ou o simples fato de quantidade espiritual interna, daremos continuidade a esta nova religião, e rotineiramente, DEUS acaba virando D´(EU)S nunca invertendo o sentido da ordem.

Infelizmente, nunca.