13 de dez. de 2009

Entre

Entre nossos lábios, existiu quase nada,
entre palavras, tentávamos nos entender
Entre muros e grades vivíamos nossas vidas,
entre nossas vidas, sem vida, tentávamos viver.

"Entre". Foi assim que me disseste quando cheguei ao se apê.
entre um café e outro, pensava em te perder.
Entre aspas sempre ficavam a nossas conversas,
entre nossos caminhos, uma mágoa, um bem-querer.

Entre tuas pernas tentamos fazer as pazes,
entre lágrimas e sorrisos tentávamos compreender.
Entre a química que nos mexia ou nos comovia,
entre o ceu e o inferno, quase a nos padecer.

Entre o dia e a noite nossa rotina era diferente,
entre pensamentos e pessoas, tentavas me esquecer.
Um existiu ao outro, sempre entre parênteses,
nunca um entre o outro, mas separados, à morrer.

5 de dez. de 2009

Frases & Frases

O Bruxo sempre postou duas vezes por mês, inegavelmente. Mas no quente mês de Novembro não foi possível. Não faltou inspiração, pelo contrário. Inclusive o Bruxo faz umas anotações em seus pergaminhos e vai mostrando aos poucos. Entre idas e vindas com suas mágicas, o Bruxo vai captando idéias e histórias. Disso ele gira o caldeirão e mistura de tudo. Mas certas frases precisam ser mostradas de forma nua e crua. Lendo-as terão uma idéia por onde o Bruxo passou esse tempinho longe do seu caldeirão.

Eis as mesmas:


"Papo reto que é reto não faz curva, certo?"

Captado na região de Ermelino Matarazzo, dito por um Motoboy.


"Antes eles 'passavam' o pessoal e pinduravam nas traves do campinho pra servir de lição... agora eles só pinduram".

Dito por um morador do bairro Jardim Elba, perto do bairro de Sapopemba.


"... ai não pensei duas 'vêiz'. Dei com o pedaço de pau nas costas do cara, depois que ele bateu na minha filha.."

Ouvido na Estrada das Lágrimas, porta de entrada pra Favela do Heliópolis.


"100% 100 noção. Vai 'encará'?"

Lido num adesivo grudado no vidro da frente de um Voyage branco modelo 85 na garagem de uma rua na Vila Campanário, cidade de Diadema.


"Uma vez o cara pegou o 'baguio' comigo e não me pagou. A noite peguei ele pelos 'cabelo 'na casa dele com a 'quadrada' na mão. O 'pleyba' se mijou todo e me pagou certinho, na hora."

Contado por um morador do bairro do Glicério.