13 de dez. de 2009

Entre

Entre nossos lábios, existiu quase nada,
entre palavras, tentávamos nos entender
Entre muros e grades vivíamos nossas vidas,
entre nossas vidas, sem vida, tentávamos viver.

"Entre". Foi assim que me disseste quando cheguei ao se apê.
entre um café e outro, pensava em te perder.
Entre aspas sempre ficavam a nossas conversas,
entre nossos caminhos, uma mágoa, um bem-querer.

Entre tuas pernas tentamos fazer as pazes,
entre lágrimas e sorrisos tentávamos compreender.
Entre a química que nos mexia ou nos comovia,
entre o ceu e o inferno, quase a nos padecer.

Entre o dia e a noite nossa rotina era diferente,
entre pensamentos e pessoas, tentavas me esquecer.
Um existiu ao outro, sempre entre parênteses,
nunca um entre o outro, mas separados, à morrer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom como sempre.
A alma do poeta não deve ser aprisionada jamais. Não se esqueça disso.
Me cativou.