16 de nov. de 2010

A vida ficou pequena

... minuscula.

Por questão de necessidade, entendemos que algumas pessoas se acanhem em girar seu mundo através de crenças, atmosferas alheiras e até em outras pessoas para poderem administrar sua vida própria. A autoconfiança beira a zero e o norte vira sul sem esses parâmetros que se tornaram bússola.

Agora, entregar seu destino e futuro em umas dessas cóleras urbanas é ter pobreza de espírito ou, no mínimo, se autodiminuir.

Muitos não aguentam a solidão e se agarram a crenças. Essas crenças podem ser religiosas (o mais comum) e sociais chegando ao ponto de virar neuróses. As vezes estes dois tipos se fundem. O religioso vira social e vice-versa.

Aí que mora o perigo.

O mundo acaba se tornando perigoso para esta que só pensa em ter alguém com aquele tipo de religião, de pensamento, de modo de vida, de time (sim, pásmem!), de carro, de apartamento, de faxina duas vezes por semana de.. de...

Crenças.

E sua atmosfera, que no princípio da vida era do tamanho do mundo, aos vinte e poucos anos se tornou do tamanho de um armário. O espírito cabe num dedal e sua aura está pedindo para que apertem o botão "off" do abajur.

E sem querer, a vida acaba diminuindo cada vez mais numa doce ilusão de que a felicidade é uma meta, quando apenas se trata de um estado de espírito, quase um caminho.

Sem perceber, a vida ficou minúscula,

Pequena.