29 de jun. de 2008

O paradoxo da Solidão.

Ficar sozinho não é bom.

Ser sozinho também não é.

E assim pensa a grande maioria das pessoas.

Mas existe uma grande diferença entre ficar sozinho e ser sozinho. Tentarei definir ambas as situações. Caso não concorde, corrija-me por favor.

Ser sozinho é aquele momento cujo sua situação é de solidão, mesmo estando rodeado de milhares de pessoas, seja no trânsito, no mercado, no cinema ou no serviço.

Ficar sozinho é quando a pessoa sente o momento de estar só, em puro estado Alfa.,lhe fazendo companhia apenas seus pensamentos chegando a penetrar no estado "Zen" das coisas.

Ser sozinho se defini numa atitude simples. A pessoa não abre mão de sua comodidade, nao abre um milímetro de sua muralha de manias para absorver qualidades e defeitos da pessoa que gosta ou quer ser gostada. Faz o que quiser dentro da sua garnde área de comodidade sentimental. Provavelmente é mais egoísta com seu tempo, com os outros e até consigo mesmo. Isso é ruim.

Ficar sozinho se defini em outra atitude simples. A pessoa necessita de solidão, mas temporária, seja de grandes a pequenos hiatos do mesmo, afinal, tem noção que ninguém vive sozinho pra sempre e tem plena convicção de que todo ser humano necessita desse tempo para organizar, parametizar, rever idéias, conceitos e atitudes feitos anteriormente. Geralmente sofrem mais pois não conseguem viver plenamente suas vidas e se estressam rapidamente, o que também é ruim.

Repare que geralmente as pessoas que são sozinhas são as mais agitadas e aparentemente são mais felizes e com mais histórias pra contar. Pessoas que ficam sozinhas são as mais calmas, aparentemente menos felizes e tem menos histórias pra contar.

Repare que pessoas que são sozinhas tendem a ser o que tem, porque não conseguem serem vistas de outro jeito e falam antes de pensar, diferente das pessoas que ficam sozinhas, que pensam antes de falar e se exibem o mínimo possível.

Agora vem o dilema:

A pessoa escolhe estar e/ou ficar sozinha?

Não tenho domínimo mental para responder e meu raciocínio me abandonou, de novo.

Penso que essa resposta é muito pessoal. Existem pessoas que gostam de ser sozinhas e, convenhamos, é a nova tendência mundial. Porque vai abrir mão de uma vida "perfeita" por causa de uma pessoa que mal conheceu ou se conhece muito bem nunca se imagnou com o mesmo?

Assim como existem pessoas que não abrem mão de seus minutos, horas ou ate dias de solidão, mas não aguentam viver sem aquela pessoa especial, cujo solidão dual é um martírio para ambos mas precisa, mesmo que seja minimo, viver a vida do outro. Isso é inevitável.

Algumas pessoas necessitam estar sozinhas. Tem seus próprios costumes sem serem importunadas, são muito mais independentes sentimentalmente, não existe cobrança e encheção de saco, são livres e se comprometem o mínimo possível em quase tudo. Tem coisa melhor?

Algumas pessoas necessitam ficar sozinhas. Geralmente o estresse do dia-a-dia é a causa dessa necessidade e convenhamos, 24 horas por dia ao lado de alguém chega a ser sacal. A pessoa que necessita ficar sozinha precisa daquele momento de individualidade, mesmo que seja com hora marcada, mas quase sempre tem alguém em quem confiar sendo aquela pessoa que respeita essa sua característica. Tem coisa melhor?

O paradoxo é interminável. Tem pessoas que conheço que são os dois.

Uma coisa estou certo, a solidão é benéfica e maléfica.

O paradoxo precisa ser refletido por cada um de nós porque mentir á si mesmo é morrer de forma lenta, sofrida, num grito silencioso interminável e sozinho.

Completamente sozinho.

É agonizante.

É suicídio.




OBS: Comecei a escrever esse texto num trem parado nos suburbios de Londres devido ao suicídio de uma pessoa (o que ironicamente me inspirou e me fez refletir) e só agora em São Paulo o estou finalizando. Mesmo assim ainda acho que não ficou bom.

24 de jun. de 2008

Sonoro recado.

A partir do momento que a pessoa precisa usar códigos subjetivos, mensagens telepáticas ou qualquer tipo de informação subliminar para se comunicar comigo ou com outra pessoa, é porque não tem culhão de ir ao ponto ou tem muito medo de mim.

Minha magia de bruxo faz com que eu consiga captar esse tipo de freqüência, mas faço questão de não fazê-lo e não respondê-lo.

Ou fala reto, ou permaneça morto.






"Diga a verdade ao menos uma vez na vida.... "

19 de jun. de 2008

Por onde você andou?

Por onde você andou todo esse tempo?
Tens idéia de quanto você fez falta?
Você me faz sonhar, viajar, amar...
Sem você tudo fica sem sentido, resumido, parado.
Sem você o tempo não é tempo, as pessoa são inanimadas, o futuro não existe.
Me diga, porque você foi para tão longe?
Você voou de mim e nem me disse "adeus".
Meu coração perguntou por ti e quase tomou um xeque-mate do raciocínio.
Acredite, não foi só o meu que perguntou, outros também perguntaram.
Contigo fora do meu alcance o chão ficou mais duro e o céu de brigadeiro sumiu.
Acredite, muitas vezes eu desejava que você sumisse, afinal, em diversas ocasiões atrapalhaste o pensamento.
Sabes que nunca precisei de ti para coisas materiais, mas para me lembrar de algumas pessoas queridas, você era necessária, insubstituível.
Da minha mente você sumiu, do meu coração você fugiu e por um momento me imaginei independente de ti.
Não imaginas como eu queria...
Mero engano.
Docilmente você entorpece, tortura, quase mata e retorna.
Delicadamente, enfim, retornou.
Ah, Dona Saudade...
Por onde você caminhou e porque me abandonou?
Não importa, você me ressuscitou. Veio para ficar.
Um pouco tarde demais, mas veio para ficar.

14 de jun. de 2008

No mundo onde o Homem é Deus.

Um dia o Vento branco disse ao meu ouvido,

"Siga seu caminho,
mas sempre vire em direção à Luz.

Feche seus olhos,
e ouça a voz do seu coração.

Use sua razão,
mas não esqueça de olhar sua alma.

E não se prenda a matéria, ela é passageira,
e sinta o Feitiço ao seu redor."



E cá estou,
esperando pelo anjo.

Aqui estou,
no mundo onde o Homem é Deus.


Novamente o vento me disse:

"Não busque a terra prometida,
é melhor acreditar em si.

Chore, mas não caia.
mais pessoas passarão pela sua vida.

Acredite em milagres, eles acontecem.
mas jamais espere por um.

Sinta-se no céu, você é ele,
e também és barro e poeira."



E cá estou,
esperando pelo anjo.

Novamente estou,
no mundo onde o Homem é Deus.









9 de jun. de 2008

Neurônios em greve.

Turbilhão de palavras em minha alma e nenhuma sai.

O calabouço da mente não permite. Os neurônios não querem abrir o portão.

O peito, tão cheio de versos, presos no labirinto do raciocínio.

Ah, o raciocínio... Muitas vezes me visita na hora errada.

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Minhas mãos pedem pra digitar ou rabiscar algo, mas o que sai deles quase nada valem.

Enquanto isso, vou rascunhando.

É tanta coisa para escrever, que começo e final se confundem.

Assuntos se misturam.

É tanta coisa na minha cabeça...

3 de jun. de 2008

Será?

Será que mudei tanto assim?

Desde que cheguei do velho continente algumas pessoas, umas queridas, outras nem tanto, falaram que minha personalidade mudou demasiadamente. Me falaram através de mensagens, telefone e até na cara. Tudo isso em instante, na semana passada.

Sabe o que é melhor? A maioria disse que mudei pra pior.

Não que eu adore isso, mas me sinto bem. Não sei pq. Se você souber, por favor, me avise.

O detalhe é que também sinto que mudei, não sei se pro pólo negativo ou positivo, mas mudei.

Acho que minha paciência de Jó (ou de Jo) que tanto tive durante duas décadas foram-se embora com meus quilos. E não quero meus quilos de volta.

Antes de ir à Europa, vinha fazendo um papel de psicólogo, terapeuta-holístico e até de ouvidor. Cheguei a chamar santos para a sessão de descarrego, mas todos me abandonaram, ainda bem. E durante minha estadia no mesmo continente, esse meu segundo serviço vinha sendo persistente, mas não constante.

O mais engraçado é ouvir de pessoas que quando eu coloco o óculos, mudo de humor e personalidade. Fico com cara de mau. O óculos praticamente virou meu simbionte. Como diz Venon, "we are ready!"

É, minha teia tá bem frágil. Talvez eu faça meu ninho em outro lugar, pq não?

Até aceito que meu ouvido seja penico, mas não esgoto a céu-aberto.