Um dia um filósofo precisou atravessar um lago muito grande, tão grande que parecia um mar e pediu a um barqueiro local que o transportasse até o outro vilarejo. O barqueiro, humildemente e sem hesitar, confirmou que iria ajudar o filósofo.
O filósofo estava lendo no decorrer da viagem. Sem olhar para o barqueiro, o mesmo lhe perguntou:
"Você sabe da teoria da relatividade?
"Não sei." Respondeu o barqueiro.
O filósofo continuou lendo e pelo canto do olho, perguntou novamente ao barqueiro:
"Você já ouviu falar de Immanuel Kant?"
"Nunca ouvi falar.." Respondeu o barqueiro, continuando a remar.
Novamente o filósofo lhe fez outra pergunta, fechando o livro e olhando no rosto do barqueiro:
"E a teoria de Copérnico?"
"Também não.." Respondeu novamente o barqueiro, já ficando encabulado.
O filósofo, com semblante de satisfeito, voltou a ler seu livro novamente sem dar atenção ao barqueiro.
Alguns minutos de passaram e ambos estavam no meio do nada, apenas água os cercavam, na metade da viagem. O barqueiro atentou-se para seu barco e num momento de inspiração, perguntou ao filósofo:
"Senhor.. o senhor sabe nadar?"
"Não sei." Respondeu secamente o filósofo.
Com o semblante maleável, sem dar um sorriso e até com um pouco de dó, o barqueiro disse ao filósofo.
"Então o senhor perdeu sua vida no passado e no futuro. Estamos no meio do lago e tem um furo grande no barco. O barco irá afundar."
Esse texto não é de minha autoria, mas o ouvi numa aula de filosofia em 1997.
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