4 de abr. de 2008

Com o tempo,
você repara em pequenos detalhes pessoais,
e vê sutis diferenças.

Com o tempo,
o gosto do café não é o mesmo,
as palavras não são mais sentidas.
O toque do vento corta tua pele ao invés de acaricia-la,
como sempre foi.

Com o tempo,
você repara que grandes problemas tornaram-se pequenos,
e pequenos problemas se tornaram grandes.
Que a dor da espada no peito de hoje nada compara-se,
aquela pequena alfinetada dentro de você, como antigamente.

Com o tempo,
as viagens, por mais exóticas que sejam,
nem de perto são comparadas feitas com a melhor das companhias.
E compreende nas pessoas ao seu redor, hoje,
o melhor álbum do seu passado.

Com o tempo,
repara-se no mesmo de forma ímpar, distinta,
praticamente enjaulado nas paredes do passado,
sendo confundido com a percepção do futuro,
e perde-se no presente, no tempo.

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