5 de mai. de 2009

Inerte

Das folhas que o outono levam ao chão,
minhas esperanças vão e vem,
caem como bigornas as vezes em vão,
minha frente vejo folhas, mais ninguém.

Da pluma levada pelo vento sem fim,
meu destino segue indefinido, sempre.
Contento-me com a clareza do inesperado,
prejudicando-me, elogiando-me, em frente

Da poeira jogada ao espaço, sem destino,
minha vida vaga sem lógica ou sentido.
O acaso é o terror da razão, sem dúvida.
A razão que nunca me deu ouvido.

Nessas noites mornas e vagarosas,
meu espírito transcende meu corpo, liberte.
tento fugir mas não consigo,
Tento viver e morrer, inerte.

OBS: Escrito há exato 1 ano em um das noites da Alemanha.

2 comentários:

Anônimo disse...

"acaso é o terror da razão"
Palmas. De pé!

Cristina Zal disse...

gostei da observação! risos. Valeu... hehehe.