20 de dez. de 2008

Eu, robô

Tá complicado, mas tá ficando simples.

Nem quando fui à europa fiquei tão ausente desse prompter irritantemente piscando na tela.

E incrivelmente nestes 51 dias sem digitar picas, nenhuma idéia, inspiração ou crítica me vieram a caxola. E olha que rolou coisa durante todo esse período. Mas o trabalho consome o Homem, e o Homem consome o trabalho. Precisando seguir essa ordem, sem querer deixei de ler mais, sair mais, conversar mais e com isso minhas idéias esvaíram-se e tudo que era preenchido com pensamentos foi preenchido com rotinas, funcionalidades, parâmetros, prazos e preços.

Cada vez mais sigo instruções e deixo de seguir meu instinto.

Cada vez mais perco a paciência e deixo de ter compaixão.

Quanto mais quero ser humano, mais me torno robô.

2 comentários:

Anônimo disse...

Há duas maaneiras de não trabalharmos nunca: Nos apaixonarmos por aquilo que fazemos, ou fazermos aquilo pelo que temos paixão. Como disse Ricardo Semler: "O sucesso nada mais é do que a paixão que uma idéia desperta."

Bruxo disse...

Poderia se mudar o contexto dessa colocação. Trabalhamos para viver ou vivemos para trabalhar?

Na verdade não existe problema em trabalho. O problema é a falta de tempo de poder se iludir com ficções.