18 de ago. de 2008

Escorri entre teus dedos

Em sua mão você me teve,
e assim, como a areia do tempo,
escorri entre teus dedos.

Dos meus olhos você não saía,
e da lágrima escorrendo em meu rosto,
você escorria da minha vida.

Enjaulado nas paredes da minha alma,
você gritava, sussurrava e pedia,
liberdade era seu lema,
eu não entendia.

Larguei meu ópio,
o vício havia acabado,
e depois da dependência,
me sentia débil, não amado.

Liberdade você tem,
não existe mais jaulas,
o vício mudou de lado,
mas não me sinto ópio.

Escorri entre teus dedos,
nas minhas lágrimas você escorria,
de verdade, você nunca me sentiu,
no meu coração, eu te sentia.

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