25 de abr. de 2008

Tijolo por tijolo....

Nao ha som melhor que o do silencio. Interrompido apenas pelo vento forte, trazendo a sensacao da suavidade do mundo.

Mas tudo isso estando a dois e melhor ainda.

Da vontade de ficar.

E recomecar.

Tijolo por tijolo, como o Castelo.



*Escrito aos pes do castelo de Könnigstein, sul da Alemanha.

11 de abr. de 2008

Well, the door is open.

Enfim, aberto às pessoas.

Exatamente 1 mês atrás comecei a escrever nesse blog. Com qual intuito? Nenhum. Apenas para colocar pra fora algumas coisas minhas e passar o tempo. Não o publiquei de cara para amadurecer no início. Faltava muito fermento e eu ainda acho que falta um pouco.

Algumas poucas pessoas sabiam da existência de um blog meu. Dessas, outras pouquíssimas tiveram acesso ao mesmo. Todas essas pessoas nao escolhi a dedo, apenas estiveram na hora certa conversando comigo, porque tive vontade de falar sobre o blog.

Uma coisa eu confesso. Algumas pessoas e situações me motivam a escrever esse blog e até de certa forma, me inspiram. Algumas pessoas estão perto, outras longe. Algumas são Carma, outras Nirvana. Mas a maioria amigos e amigas.

Voltando na palavra "mês", ficarei pelo menos um mêzinho fora, no mínimo. Voarei, e pra longe. Portanto, é capaz que haja longos hiatos de solidão de minha parte. O que garanto é que o Bruxo quer visitar alguns castelos. Se vai conseguir é uma outra história, mas respondendo algumas perguntas pertinentes, não estarei procurando donzelas e princesas em apuros muito menos o elixir da vida eterna.

Não sou de contar coisas desse tipo, como escrevi agora a pouco, mas hoje é um dia diferente, totalmente exceção.


Hasta la vista.

A vida é cíclica.. literalmente!!!

Só uma pessoa considerada doida pra nos esfregar na cara de que somos inertes.

Nietzsche já afirmava que o ser humano necessita viver os seus dias de forma repetitiva, chegando a viver, no presente, dias do passado. Ele chegou a afirmar que a vida do Homem é cíclica, que vivemos diversos ciclos na nossa existência. Algumas pessoas tem "ciclos" maiores, como 10 anos, outras tem "ciclos" menores, como 2 ou 3 anos, mas todos nós temos. O tipo de ciclo de cada pessoa varia de acordo com suas necessidades e características, sejam profissionais, pessoais, amorosas etc.

Resumindo a ópera, sempre temos a necessidade de olhar pra trás, de correr atrás do próprio rabo, de viver no passado, nem que seja para fazer o famoso "me engana que eu gosto" e ficar falando pra si mesmo.. "bons tempos aqueles"...

Aí fica nessa... voltamos ao passado de novo. O mesmo disco, o mesmo filme. A mesma praça, o mesmo banco.

Certas coisas na vida não valem a pena olhar pra trás. A partir do momento que você corta relação com aquele pedaço do passado, você corta o ciclo. Já disse uma vez que a nossa melhor memória são as pessoas ao nosso redor e como afirmou Nietzsche, o ser humano tem a necessidade de viver o passado e no passado constante. É mais cômodo, menos cansativo, menos criativo, mais preguiçoso, menos trabalhoso e o melhor.. menos assustador.

Esse é o erro da maioria das pessoas e foi o meu erro por anos e anos a fio. Tentei mudar o final do filme diversas vezes.

Enjoei.

Destrui o filme e quero assistir um filme novo, nem que seja de terror.

6 de abr. de 2008

Eita chuva que não passa!

Gosto de chuva. Quando chove, dá impressão de que a água carrega todas as coisas ruins do mundo, sejam das pessoas ou da terra, geralmente invisíveis. Fica uma sensação de purificação.
Mas só a sensação. Cada um faz a sua purificação.

Mas quando chove demais as coisas boas começam a ir embora junto, escorrendo e penetrando pelas entranhas da Terra. Dá uma sensação psicológica de perda de esperança, para qualquer assunto do seu interesse.

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Não sou de sonhar muito, tanto no sentido bíblico e/ou literal, mas tenho um carma que carrego desde o início dos tempos.

Toda vez que sonho, sejam sonhos bons ou ruins, sejam comigo ou com outras pessoas, os mesmos acontecem. Cedo ou tarde acontecem. Chega a ser inacreditável.

Na última noite de sono tive um sonho tão nítido, tão claro e limpo que acordei cedo e assustado, em pleno Domingo. Mas não acordei assustado de medo. Acordei assustado com a possibilidade disso acontecer, porque foi um sonho ótimo.

Não irei cobrar o tempo para que o mesmo aconteça, muito menos xingar Ele, que deve estar ocupadíssimo com pessoas que precisam muito mais Dele do que eu. Como tudo na nossa miserável existência, a melhor forma é deixar acontecer naturalmente, deixar a água rolar pela ponte da vida.

Deixar a água rolar, como a água da chuva.

4 de abr. de 2008

Com o tempo,
você repara em pequenos detalhes pessoais,
e vê sutis diferenças.

Com o tempo,
o gosto do café não é o mesmo,
as palavras não são mais sentidas.
O toque do vento corta tua pele ao invés de acaricia-la,
como sempre foi.

Com o tempo,
você repara que grandes problemas tornaram-se pequenos,
e pequenos problemas se tornaram grandes.
Que a dor da espada no peito de hoje nada compara-se,
aquela pequena alfinetada dentro de você, como antigamente.

Com o tempo,
as viagens, por mais exóticas que sejam,
nem de perto são comparadas feitas com a melhor das companhias.
E compreende nas pessoas ao seu redor, hoje,
o melhor álbum do seu passado.

Com o tempo,
repara-se no mesmo de forma ímpar, distinta,
praticamente enjaulado nas paredes do passado,
sendo confundido com a percepção do futuro,
e perde-se no presente, no tempo.